________________________________________


"Entre livros nasci. Entre livros me criei. Entre livros me formei. Entre livros me tornei. Enquanto lia o livro, lia-me, a mim, o livro. Hoje não há como separar: o livro sou eu - Bibliotecária por opção, paixão e convicção".

Lemos porque a necessidade de desvendar e questionar o desconhecido é muito forte em nós”

"O universo literário é sempre uma caixinha de surpresas, em que o leitor aos poucos vai recolhendo retalhos. Livros, textos, frases, poemas, enfim, variadas formas de expressão que vão compondo a colcha de retalhos de uma vida entre livros. É o que se propõe".

Inajá Martins de Almeida

assim...

"Quem me dera fossem minhas palavras escritas. Que fossem gravadas num livro, com pena de ferro e com chumbo. Para sempre fossem esculpidas na rocha! (Jó 19:23/24)

________________________________________________________________

“Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância.”

Fernando Pessoa - Poeta e escritor português (1888 - 1935)

____________________________________________________________________

terça-feira, 31 de agosto de 2010

A ARTE DE LER - Mortimer J.Adler e Charles Van Doren

Nos vinte e um capítulos que compõe a obra, os autores gravitam nas várias etapas que é necessário percorrer para se chegar ao perfeito entendimento da mensagem contida em todo e qualquer texto. Embora escrito na década de 70, o livro apresenta subsídios interessantíssimos para a atualidade, quando os níveis da leitura são apontados desde antes mesmo da leitura propriamente dita . Do ato a arte, querem os autores demonstrar que à medida em que a leitura vai se aprimorando, os níveis e estágios vão sendo galgados tem o ledor condições de se tornar exigente ao ponto de classificar a leitura, fazer uma radiografia do texto, definir a mensagem do autor, criticar, concordar, ou não, dar uma nova conotação, acrescentar falas ao texto.
Ademais, acrescenta tópicos em que aborda as maneiras de se ler livros de ficção, filosofia, matemática, história e outras áreas por fim a leitura de um mesmo assunto tratada por autores diferentes e o que os bons livros podem fazer por nós.
Do começo ao fim o livro é uma caixa de surpresa. 
Leva-nos ao fantástico universo da leitura em vários ângulos e nos faz querer galgar passos largos.
Leitura essencial.  


comentários Inajá Martins de Almeida

_________________________
Adler, Mortimer J.  e  Van Doren, Charles.  A arte de ler.  /  Mortmer J.Adler e Charles Van Doren;  tradução de José Laurenio de Melo.  edição revista e atualizada.   Rio de Janeiro,  Livraria Agir Editora, 1974.

_________________________________

Veja também

http://escolagermanobrandt.com/todas/dicas-pedagogicas-1-a-arte-de-ler/

POSTADO POR CARLOS FABIANO 0 COMENTÁRIO
Neste ano, daremos início a uma série de postagens com dicas para pais, alunos e membros da comunidade de nossa escola. As postagens serão semanais e abordarão vários temas: educação da imaginação, dicas de estudos, indicação de livros, entre outros.
Para começar, indicamos a excelente obra “A Arte de Ler” (em inglês “How to read a book”), de Mortimer J. Adler, numa primeira edição brasileira da editora Agir, lançada em 1947, com tradução de Inês Fortes de Oliveira. Em 1972, numa edição revista e com participação de Charles Van Doren, o livro foi publicado pela mesma editora Agir, desta vez com tradução de José Laurenio de Melo. Esta versão, com Charles Van Doren, foi também publicada pela editora Guanabara, em 1990, com tradução de Aulyde Soares Rodrigues, e pela editora UniverCidade, em 2000, com tradução de Luciano Trigo, ambas com o título literal de “Como ler um livro”. Todas estas edições são difíceis de encontrar até mesmo em sebos. Todavia, há uma edição mais recente da editora É Realizações intitulada “Como ler livros”, que, embora esgotada, é mais facilmente encontrada em sebos.
Abaixo, comentário de Inajá Martins de Almeida:

“Nos vinte e um capítulos que compõe a obra, os autores gravitam nas várias etapas que é necessário percorrer para se chegar ao perfeito entendimento da mensagem contida em todo e qualquer texto. Embora escrito na década de 70 [em referência à segunda edição da editora Agir], o livro apresenta subsídios interessantíssimos para a atualidade, quando os níveis da leitura são apontados desde antes mesmo da leitura propriamente dita. Do ato a arte, querem os...  continue em ...

A IMPORTÂNCIA DO ATO DE LER - Paulo Freire

"Ao ir escrevendo este texto, ia "tomando distância" dos diferentes momentos em que o ato de ler se veio dando na minha experiência existencial. Primeiro, a "leitura" do mundo, do pequeno mundo em que me movia; depois, a leitura da palavra que nem sempre, ao longo de minha escolarização, foi a leitura da "palavramundo".


http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:YHonIEgRp8YJ:ler-e-escrever.blogspot.com/2007/04/importncia-do-ato-de-ler-de-paulo.html+ler,+escrever+e+contar+inajá+martins+de+almeida&cd=3&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br


E nos encontramos nas palavras do grande educador, quando percebemos que nossos universos se encontram no mesmo patamar. "Lemos" a nossa volta antes mesmo de aprender a ler e escrever e passamos a escrever nossas impressões quando delas nos apossamos. Do virtual passado a realidade se torna iminente e entendemos que foram as folhas das árvores que emitiram os sons para nosso deleite, o trinar dos pássaros a gorjear, a água da cachoeira, os trovões, os raios coloridos riscando o espaço, o arco-iris a brilhar provocando êxtase jamais apagados de nossa memória. 
Assim é a leitura que encanta e se torna vício. Acompanha-nos por toda a existência.


Comentário Inajá Martins de Almeida
_________________________

Freire, Paulo.   A importância do ato de ler: em três artigos que se completam  / Paulo Freira.  - São Paulo : Autores Associados: Cortez, 1988.  (Coleção polêmicas do nosso tempo; 4)

sábado, 21 de agosto de 2010

SOBRE LIVROS E LEITORES - Vicente Golfeto

Thomas Mann dizia que “não devemos ler os livros bons porque existem os ótimos”. Tem lógica. Afinal, acompanhar o ritmo do mercado editorial é um anseio impossível, uma frustração permanente que, como a morte, deve ser encarada como uma fatalidade ecumênica.



Toda pessoa que gosta de ler – livros, jornais – quando se trata de livros principalmente, fica ansiosa porque a capacidade de comprar livros, ou de encontrá-los nas bibliotecas, é sempre maior do que o tempo disponível para lê-los. Quando se tem o hábito de formar uma biblioteca particular – dizem que é um hábito já superado, que não existe mais nos dias atuais a não ser como exceção – a ansiedade aumenta. 

Compra-se mais livros do que se lê. E aí, vão-se formando pilhas de livros, que entram numa espécie de lista, de fila de espera.




Quando falo de livro lembro-me sempre do poeta italiano Petrarca, ao dizer que “livros têm levado algumas pessoas ao saber. Outras, à insânia”. 




Esta síntese é-nos aclarada por Manzanaro, o primeiro capo mafioso de Nova Iorque. Isto nos anos loucos; nos anos vinte do século passado, o curto século 20. Ele dizia que “há homens que devem ler e homens que não podem ler”. O que – convenhamos – é uma verdade inegável. 




Os que não podem ler têm, muitas vezes, uma vontade enorme de ler livros. E efetivamente os lêem. Mas, como não têm condições intelectuais de metabolizar o conhecimento adquirido, confundem tudo. Ficam muitas vezes revoltados. Quando são professores não transmitem conhecimento. Vomitam-no. Se são jornalistas, idem. 




Algumas pessoas devem utilizar mais músculos do que neurônios. Outras, sim, devem se valer mais dos neurônios. As primeiras não podem ler. Devem ser desaconselhadas a tal. Tornam-se infelizes. As outras devem ser estimuladas. Mas não se fala porque “a verdade deve se subordinar ao amor”, como nos ensina Paulo numa de suas epístolas.

VICENTE GOLFETO – jornal A Cidade / 5/3/2008 – Ribeirão Preto

________________________________________

Para Francis Bacon "certos livros devem ser lidos, outros engolidos e uns poucos mastigados e digeridos", justamente pensando, creio eu, que há diversidade de livros, escritores e leitores, razão por que 
Ranganathan o ilustre bibliotecário hindu na segunda década  do século passado, construía suas cinco leis para a Biblioteconomia, das quais enfatiza que a cada livro seu leitor, a cada leitor seu livro, conhecedor do complexo universo da informação daquele tempo. Hoje as proporções são assustadoras. A disseminação da informação se faz de forma ágil e rápida, mas quanta desinformação! Quanta deformação! O que teria mudado? Como questionava Machado de Assis.
Será que mudou o natal, ou mudei eu!?

comentário Inajá Martins de Almeida 

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

FRASE SOLTA - Fernando Pessoa

"A literatura é a melhor prova de que a vida não chega."

Fernando Pessoa

__________________________________________

Será que poderíamos dizer mais alguma coisa? Seria fingidor o poeta que se vale da literatura para se eternizar, já que a própria vida não é o suficiente?
Quem dera fôssemos tão fingidores quanto poetas
que dissimulássemos dores e alcançássemos leitores. 

O homem é perene, faz parte do tempo - é temporal
a obra ultrapassa o tempo - é atemporal.

Fernando Pessoa é sempre presente
poeta fingidor nosso presente.

_______________________________
comentários: Inajá Martins de Almeida

terça-feira, 3 de agosto de 2010

EM BUSCA DA EMPRESA QUÂNTICA - Clemente Nobrega

Estar entre livros nos beneficia promover encontros inesperados, muitas vezes. Foi o que aconteceu comigo e o autor. O primeiro olhar foi para a configuração do livro. A capa, o formato diferenciado. Ali percebi que uma atenção especial fora dada por quem dedicava aquelas páginas (quase quatrocentas) - o autor.
Incrível, sobre modo, pensar num físico atuando na área da administração, do marketing. Mas é o que acontece com o autor. Bem sucedido em todos os seguimentos; melhor ainda, lega-nos vasto texto aplicável a empresa do século XXI, tendo em vista sua atuação numa empresa, que segundo próprias palavras, "tão fora do convencional, que convidou um físico, sem nenhuma experiência em administração, para experimentar uma nova oportunidade de carreira".
A leitura é gratificante e envolvente, pois em muitos momentos, percebemos que estamos nas próprias páginas do livro, como protagonistas. 
Quantos de nós temos uma formação e muitas das vezes passamos a atuar em outras áreas, como desafios surpreendentes.
Declinar todos os tópicos, seria quase que impossível; colocar os mais significativos, todos os são, mas encontro como referência a menção que:
 "o diálogo é a base para a construção de empresas vitoriosas" e acrescenta "Diálogo significa "fluir de significado", e essa é a base para a empresa quântica, porque é o reconhecimento da verdade suprema da lógica da nova ciência de que é da relação que surge o significado".  
Melhor do que se possa escrever sobre o livro e o autor, somente lendo, porque, como diz em palavras próprias:

"Este é um livro ambicioso"





(comentários Inajá Martins de Almeida)
______________________________

Nobrega, Clemente.   Em busca da empresa quântica: analogias entre o mundo da ciência e o mundo dos negócios   /  Clemente Nobrega. -  Rio de Janeiro: Ediouro, 1996.