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"Entre livros nasci. Entre livros me criei. Entre livros me formei. Entre livros me tornei. Enquanto lia o livro, lia-me, a mim, o livro. Hoje não há como separar: o livro sou eu - Bibliotecária por opção, paixão e convicção".

Lemos porque a necessidade de desvendar e questionar o desconhecido é muito forte em nós”

"O universo literário é sempre uma caixinha de surpresas, em que o leitor aos poucos vai recolhendo retalhos. Livros, textos, frases, poemas, enfim, variadas formas de expressão que vão compondo a colcha de retalhos de uma vida entre livros. É o que se propõe".

Inajá Martins de Almeida

assim...

"Quem me dera fossem minhas palavras escritas. Que fossem gravadas num livro, com pena de ferro e com chumbo. Para sempre fossem esculpidas na rocha! (Jó 19:23/24)

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“Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância.”

Fernando Pessoa - Poeta e escritor português (1888 - 1935)

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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL E ANO NOVO RADIANTE A TODOS

Que o Natal e Ano que se inicia seja repleto de águas cristalinas. Avec Le lac de come

terça-feira, 13 de novembro de 2012

ENCONTRO LITERÁRIO EM RIBEIRÃO PRETO 2006

Em junho de 2006, tive a oportunidade de participar de um encontro sobre Literatura infanto-juvenil, na cidade de Ribeirão Preto.
Naquele momento, apontamentos puderam registrar minhas impressões ante falas e cenas.
Os anos transcorreram agora os trago a este blog, quando após relê-los e efetuar pequenas alterações, julgo ser interessante este registro.
As protagonistas Eva Furnari, Angela Lago, Roseana Murray e Heloisa Pires Lima representam a tônica central deste esboço
As imagens foram capturadas da internet e montadas nesse painel, podendo ser visualizadas em tamanho maior, clicando-se sobre a mesma.

Vamos adentrar ao universo mágico da literatura?
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1. EVA FURNARI 
Com o tema Cacoete: uma reflexão sobre os tempos atuais, apresenta – segundo seu olhar de “artista criadora mais do que acadêmica e teórica” como se auto qualifica – um apanhado de transformações porque passaram os séculos, adentrando a nossa realidade atual. 
Por pensar com imagens, seus livros são ricamente ilustrados mostrando as nuances dessas fases.
Logo no início de sua fala nos diz que “compreendia o mundo muito mais através do olhar, das imagens,  do que das palavras”, o que adquirira antes mesmo de tomar conhecimento das letras.
Sua formação em arquitetura e a convivência com um colega de escola, que ao querer namorá-la, ao invés de falar-lhe, manda-lhe uma série de desenhos, desperta, assim, sua sensibilidade de artista, um gosto que viria posteriormente a ser levado aos livros que passa a escrever.
Em meio às falas, passa-nos um conto chinês sobre o pote vazio, também retratado no livro “A semente da verdade” de Patrícia Engel Secco, momento em que exorta que devemos ensinar às crianças valores éticos e morais; incutir-lhes o prazer da leitura, não como um fardo para cumprir cronogramas pragmáticos.
Ao se referir ao tempo e sua crueldade, diz que os valores hoje invertidos, “não nos permiti mais envelhecer; temos de permanecer eternamente bem e belos, há uma busca pelo corpo físico; não temos tempo de nos interiorizar, porém o estar bem é estar em harmonia”.
O que ficou dessa fala é que devemos rever certos valores impostos, mudar hábitos.
Deixou-nos então uma questão: 
- “Como me sinto hoje em relação ao passado?”.
Para fechar o tema, a equipe Tantas Palavras apresentou o clip “Livros” de Caetano Veloso, apresentação magistral, onde as cenas se passam dentro da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.



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2- ANGELA LAGO 
Vem com a magia das histórias que fazem sacudir o esqueleto, tema de um dos seus livros, ricamente ilustrado. 
Logo na sua primeira fala, deixa transparecer uma sensibilidade impar quando diz “eu tenho a criança como mestre. Nas crianças vou encontrar uma inspiração e uma possibilidade que não teria sem elas”.
Incrível percepção visual e como a coloca em suas obras, ao expressar que o narrador visual, seja criança ou não, enquanto leitor, ao entrar no livro modifica sua história, daí o interessante de se “estar construindo uma ideia do leitor co-autor quando fala do leitor narrador”, uma vez que “nunca vamos narrar uma história de uma única forma”.
Aponta o tempo da narrativa porque “não existe história sem tempo. O tempo é o grande herói da nossa história”.
Quando fala em mensagens metafóricas, diz que “as crianças são capazes de desmistificar uma metáfora visual, porque uma metáfora traz sempre uma informação que modifica o resto da imagem”.
Apresenta um dos seus livros “A raça perfeita”, onde coloca a mutação genética porque passam os animais e dá um grito de alerta para as gerações futuras.
Outro aspecto de destaque, no momento em que disse que não devemos subestimar a paciência do leitor; quando vamos contar-lhe ou narrar-lhe algo, jamais devemos nos prolongar nas chamadas, assim se expressando: “e caminhavam... e caminhavam... e caminhavam...............”.
Um clip de Elis Regina fecha com chave de ouro a apresentação da escritora. O prof.Arquilau Moreira Romão, organizador do evento, no afã da apresentação exorta a frase de Cecília Meireles em que esta diz “que a vida só é possível se reinventada”, introduzindo a próxima apresentação.


Angela Maria Cardoso Lago (Belo Horizonte1945) é uma escritora e ilustradora brasileiracontinue em
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3. ROSEANA MURRAY
Valendo-se de Cecília Meireles, inicia sua fala – “não sou alegre nem triste; sou poeta”. Isso para mostrar seu lado “pessimista” de ver a vida. Interessante uma de suas observações quando diz que a sociedade atual nos cobra uma felicidade em tempo integral. “Temos de ser felizes vinte e quatro horas por dia, quando isso é impossível”.
Por sua descendência judaica, explica seu lado mais real das coisas. Envolvida em projetos de leitura diz que “a literatura é generosa para abrir a porta que vai desaguar no outro e se uma pessoa sabe ler um texto literário, esta sabe ler qualquer texto que existe”.
Vai mais além ao afirmar que “a leitura não pode ser apenas um evento, mas tem de ser um tempo de construção: pouco a pouco”.
Sua experiência de trabalhar com a leitura em escolas municipais, onde o fluxo de crianças carentes é muito grande, isto na pequena cidade de Saquarema, onde reside atualmente, a fez enxergar que “quando se faz um trabalho contínuo de leitura, nós vamos vendo cada vez mais”.
Com relação à sociedade de consumo a que estamos expostos atualmente, onde livros, revistas, toda sorte de informação nos são impostas diariamente – temos de ser informados, temos de conhecer tudo, temos de perceber e discernir entre o que é de real importância, e o que não deve ser levado em consideração – faz um alerta ao expressar que  “temos de ser um grande leitor para saber o que importa de verdade, porque estamos numa sociedade de consumo. Quando somos um bom leitor, conseguimos olhar a teia de aranha e não pular dentro dela”.
Referindo-se então a fala da Eva Furnari, onde a sociedade nos impõe um não envelhecimento, diz que temos de tomar cuidado para envelhecermos com dignidade e isso é possível, enquanto que “como leitores, temos a capacidade de resistir a toda esta sociedade que nos engana, uma vez que a verdadeira felicidade é invisível e é ela que alimenta nossa alma”.
Seu prazer e seu envolvimento com projetos de leitura é gritante; extravasa por todo seu corpo, pela sua voz, pelo seu semblante quando nos exorta que a “leitura é um espaço de liberdade” e que “temos de compartilhar um texto” além do mais um livro sempre quer nos falar alguma coisa e para tanto “para ouvir o livro, temos de fazer um silêncio interno”.
Como tantas pessoas envolvidas com leitura e preocupadas com as gerações futuras, não deixa de falar que “hoje o importante é um ser criativo que saiba ler e entender”.
Para concluir sua fala, apresenta-nos um conto seu e fala da dificuldade em se expressar em outras formas literárias que não a poesia. Gosta de frases curtas, ritmadas, porém, em alguns momentos se expressa através de contos.
Aí nos premia com um deles, extraído do seu livro “Território dos sonhos”, onde numa autobiografia nos faz um relato de uma criança introvertida que se torna anjo de um tio carente que acabara de perder a mulher e a filha recém-nascida.
O silêncio se faz total; as emoções bailam no espaço em meio à fala mansa da autora. Momento de verdadeiro devaneio literário. Deixa-nos então uma questão no ar para reflexionarmos:
- “E vocês... de quem vocês são anjos?”
A equipe Tantas Palavras, abre a fala da escritora com o clip Pensamento do grupo Raça Negra e fecha com Gilberto Gil e a composição A paz.

(Enquanto preparava os apontamentos para postagem, eis que uma luz verde me chama atenção: é Roseana que se encontra on-line. É a tecnologia compactuando a nosso favor. Breve conversa. Momento de reencontro saudoso. Eu apenas uma participante dentre tantas outras naquele evento. Ela uma referência a tantos quantos me ouvem ou me leem, quando então me premia com a frase: 
"...quando se é um bom leitor, percebe-se a teia da aranha, porém não cai dentro dela..."   
Bom rever este texto. Bom relembrar as cenas. O envolvimento naquele instante. É a literatura que irmana. Aproxima. Torna partícipes os participantes. Obrigada amiga escritora. Escritora amiga). 


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4. HELOISA PIRES LIMA
Apresenta seu livro a semente que veio da África: educando com equidade”, lenda sobre o baobá da África, porém o que a autora realmente quis nos dizer é que há uma “falta de equidade entre o repertório que apresentamos para nosso leitor”.
Por ser de descendência negra, encontrou essa dificuldade, quando seu filho lhe cobrava livros e leituras em que o negro não fosse apenas apresentado como escravo, sendo humilhado nas senzalas, nos troncos, etc.
Em meio a suas falas, faz-nos uma reflexão sobre o tema e nos exorta a pensar em quais circunstâncias os negros e os índios são apresentados nas diversas literaturas.
Daí uma realidade agressiva, gritante que a literatura nos impôs e nos deixou uma questão na qual devemos “pensar na biblioteca que apresentamos para nossos filhos, nossos alunos, nossos educadores”.
Outro questionamento interessante, é quando instiga a platéia a fechar os olhos,  voltar a  infância e juventude e rememorar os livros inesquecíveis. Dentre um e outro, ao final, deixou-nos uma questão, propondo-nos a nos imaginar naquele personagem, naquela história que nos ficou na lembrança e o que havia de comum nas situações vividas a partir de então. Por ser psicopedagoga conseguiu adentrar no inconsciente coletivo.
De minha parte, num breve momento, numa reflexão rápida, consegui perceber que ao tornar inesquecível um personagem criado por um autor, por mim lido em minha adolescência, muito do que meu inconsciente absorveu dali, em outro momento foi transformado em realidade e já não era mais a leitora e sim a co-autora: o personagem incorporara em mim. Aqueles já não eram mais os personagens de ficção, mas eram a minha própria vida.
Jamais pudera supor, num encontro literário, encontrasse uma análise dessa monta. Isso inclusive expus para a autora e disse-lhe que tomaria como exemplo para estar passando a outras pessoas.

Algumas observações extras :

Para a antropóloga e escritora Heloisa Pires Lima, ao longo do século 20, as representações dos negros nos livros infanto-juvenis brasileiros foram muito limitadas, refletindo - e, às vezes, denunciando - as condições dessas pessoas na sociedade. "Na literatura, os papéis reservados aos negros eram de personagens escravizados, folclóricos ou submetidos a situações de exploração e miséria, como as empregadas domésticas e os meninos de rua". continue em

O baobá também é conhecido como a árvore da sabedoria, pois quando você senta debaixo de um baobá, você faz um elo com o Criador e clareia suas ideias... continue em


(Infelizmente não encontrei postagens no you tube) 
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Este é o mundo mágico da leitura, ao ponto de proporcionar descobertas, encontros conosco mesmo, quem sabe até desencontros.
Esse nosso amor, essa paixão, esse gosto infinito que salta nosso ser, temos de passar para outros.
Esse é um legado que jamais nos será roubado, ele é nosso.  
Foi realmente um sábado rico em aprendizado. Um momento muito proveitoso.

Apontamentos, comentários, pesquisas extras e postagens de Inajá Martins de Almeida

terça-feira, 6 de novembro de 2012

PAPÉIS VELHOS - VELHOS PAPÉIS - Inajá Martins de Almeida

Papéis velhos / Velhos papéis.
Cá estou às voltas com eles. 

Reviro: - Leio alguns enquanto agrupo outros.

Papéis velhos misturam-se às minhas memórias;
Agrupam-se a velhos papéis.

De lá para cá - seguem. Enfileram-se. 
Mal cheirosos papéis velhos.

Lembranças passadas - o passado pensou apagar
Mas o passado não quer apagar.

Papéis velhos
Tornam velhos os papéis a me tirar o sossego.

Estanco. Retroajo.
Por que papéis velhos? 

E volto a remexer; rasgar alguns.
Tornam-se velhos papéis outros.

E ao perguntar - por que? reflexiono - para que?
Papéis velhos a representar velhos papéis.

Percebo em papéis velhos retalhos alinhavados
no grande tear da existência.

E ao tecer velhos papéis, retalhos passados
entretecem as linhas da colcha.

Retalhos de vida entre lãs, linhas e livros que, ao transformarem-se em papéis velhos
passam a representar velhos papéis.

Metamorfose de velhos papéis
Em papéis velhos.

clique sobre a imagem
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Poema, formatação e postagem de Inajá |Martins de Almeida
São Carlos 05/11/2012

domingo, 21 de outubro de 2012

A LEITURA COMO SIGNIFICAÇÃO


Em tempo algum se falou tanto em leitura, em formação de leitores como nos dias atuais. Entretanto, o que percebemos é a necessidade premente em se criar uma massa crítica avaliativa, formadora de opiniões – pesquisadores do conhecimento e aplicadores do mesmo. 

“Quem está lendo está aprendendo” já alertava Monteiro Lobato.

A leitura pura e simples, não reflexiva, embora possa deixar de construir senso avaliativo científico, contribui para conduzir ao hábito.

Mais ainda, não podemos apenas olhar a leitura, como acostumados fôramos aos textos, mas a qualquer dado que nos apresente como fator informativo e lhe atribuir significado – linhas e entrelinhas do texto.

A capacidade analítica dá ao leitor discernimento sobre o que se lê. Possibilita-lhe a co-autoria.

Ao mesmo tempo em que, ao “abrirmos um livro, podemos vislumbrar um horizonte, que vai bem além de qualquer ponto”. (Elanklever), ao término da sua leitura, uma nova história passa a ser tecida com fios de novas palavras. 

É a leitura que saiu das linhas do autor e ocupou o espaço do leitor.

Atingimos a marca das 70.000 visitas. Obrigada leitor amigo. 


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texto, foto e postagem de Inajá Martins de Almeida
21/10/2012

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

TEMPOS DIFÍCEIS

Texto de Inajá Martins de Almeida

Em meus questionamentos, passo a perceber que a humanidade, em toda sua história, jamais presenciara momentos tão confortáveis. Porém, em meio a tantas benesses que a era atual possa proporcional, jamais em tempo algum se viu tanta doença, tanta falta de fé, de esperança, de amor, de perspectiva de vida.

Contra sendo? continue lendo em 


terça-feira, 18 de setembro de 2012

ÁLBUM DE RIO CLARO - Nelson Martins de Almeida

"A minha terra é terra de Indaiá...
Terra abençoada...
Trens que vão cruzando...
Sonhos dourados..."

Rio Claro minha terra natal



Ao atingirmos a marca das 70.000 visitas neste blog, quero fazer uma homenagem a uma pessoa muito especial - Nelson Martins de Almeida - meu pai.

Historiador incansável que aos noventa e quatro anos parte (09/05/2012), após deixar fabuloso legado, aos poucos resgatado por esta testemunha viva - sua filha Inajá.


A mim, toca-me profundamente o ter nascido na cidade paulista de Rio Claro no ano de 1950, quando então meu pai realizava trabalho histórico de inestimável valor para a cidade.

Quero neste momento, compartilhar algumas fotos retiradas do álbum, assim como trazer a lume um pouco daquele que foi meu exemplo de determinação, garra, fé. Legou-me as primeiras letras e o prazer pela leitura.





Inajá Martins de Almeida 
recolhe retalhos de uma vida entre livros, 
desenovela a história 
aos poucos compõe retalhos, 
numa colcha esplendorosa de lembranças 
que o tempo não apaga
enquanto Elvio registra em fotos o momento






Fotos: Elvio Antunes de Arruda
Texto, montagem; Inajá Martins de Almeida

terça-feira, 31 de julho de 2012

DESCORTINANDO IDEIAS - Elanklever


clique sobre a imagem
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Tela em acrílico e Texto de Elvio Antunes de Arruda (Elanklever)

Montagem e arte digital de Inajá Martins de Almeida 


sexta-feira, 20 de julho de 2012

ALBERTO SANTOS DUMONT - 139º aniversário - homenagem Google


Alberto Santos Dumont (Palmira20 de julho de 1873 — Guarujá23 de julho de 1932) foi um aeronautaesportista e inventor brasileiro. Dumont é considerado por muitos brasileiros como o inventor do dirigível, do avião e do ultraleve.
Santos Dumont projetou, construiu e voou os primeiros balões dirigíveis com motor a gasolina. Esse mérito lhe é garantido internacionalmente pela conquista do Prêmio Deutsch em 1901, quando em um voo contornou a Torre Eiffel com o seu dirigível Nº 6, transformando-se em uma das pessoas mais famosas do mundo durante o século XX.[1] Com a vitória no Prêmio Deutsch, ele também foi, portanto, o primeiro a cumprir um circuito pré-estabelecido sob testemunho oficial de especialistas, jornalistas e populares...continue lendo

terça-feira, 19 de junho de 2012

ZABÉ DA LOCA

  "Em um mundo globalizado repleto de falsos valores artísticos, glorificados pela mídia, Zabé da Loca é uma figura excelsa. Fisicamente miúda, o rosto, um mar de rugas. E seu pífano,  instrumento mágico,  é um semeador de esperança. De onde virá tanta força e beleza,  dessa criaturinha iluminada? Ela é um poema de Deus". 
Ely Vieitiz Lisboa - http://replantiodeoutono.blogspot.com.br/



Belíssima reportagem. Desses encontros possíveis apenas quando se tem a alma inquiridora. Ávida por novidade.
Replantio de outono. Sementes que buscam por solos que possam germinar.
A semente fertiliza. Brota. Produz novas sementes.
Rica nossa cultura. Basta apenas termos olhar para sair das nossas quatro paredes.
Percebemos, então, a urgência em nos despir de falsos ornamentos. Esvaziarmo-nos de nós e deixar fluir o "poema de Deus" em nós.
É nesta manhã de outono que as lágrimas puderam se render à leveza suave de um rosto enrugado, olhos azuis esmaecidos. Mãos trêmulas mas que sabem elevar as notas em trinos exuberantes, como pássaros que gorjeiam livres no espaço.
Som da pedra. Melodia perceptível a alma voltada a natureza divina.

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postagem e comentários de Inajá Martins de Almeida

O ATO DE LER EM COMENTÁRIOS

Quantos encontros magníficos. Desta vez a professora Adriane despertou em mim o grato prazer da disseminação. Disseminar palavras. Letras nas linhas cibernéticas.
Grato prazer a leitura nos leva.



clique sobre a foto para visualizá-la em imagem nítida


segunda-feira, agosto 28, 2006

O poder de transformação da leitura



Esse foi o tema da redação das provas do Enem, neste domingo, quando fui aplicadora.
Como base havia três textos pequenos, sendo que o primeiro era de Inajá Martins de Almeida. O ato de ler - www.amigosdolivro.com.br Quero resgatar parte do texto, pois o mesmo reportou-me ao projeto do meu grupo. Reforçando a idéia da significação das imagens...."Lemos porque a necessidade de desvendar caracteres, letreiros, números, faz com que passemos a olhar, a questionar, a buscar decifrar o desconhecido. Antes mesmo de ler a palavra já lemos o universo que nos permeia: um cartaz, uma imagem, um som, um olhar, um gesto."
As imagens foram a nossa primeira leitura e conseqüentemente serviram como base do nosso desenvolvimento intelectual.
As vezes algo simples, que parece pequeno na realidade contribui e muito para nossa formação integral.
Assim também é o ato de brincar. Que não é uma simples brincadeira é algo muito mais complexo. O ato de ler tão pouco utilizado em nossa civilização muda a postura dos seres. Quanto mais se lê, mais se quer ler e quanto menos se lê... Para ser um leitor não basta ser alfabetizado, decodificação mecânica não nos ajuuda a crescer, mas a assimilação, sim!
Em nossa especialização também vemos a importância que se dá para leitura e pela universalização dela, através de diversas sugestões e pela própria atividade da ficha de leitura onde disponibilizamos a quem interessar possa, o que lemos e onde encontramos as mesmas.
Temos medo do que não conhecemos e o ato de ler pode nos ajudar a vencer esses medos.

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http://adrischmidt.blogspot.com.br/

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http://books.google.com.br/books?id=WD9hkIJrdEYC&pg=PA57&lpg=PA57&dq=inaj%C3%A1+martins+de+almeida&source=bl&ots=ltusZXzesl&sig=R4EeCgFRnvl2fNb-I4OqpqJtH9o&hl=pt-BR&sa=X&ei=tawTUuTAOYPc9ASnooHYAg&ved=0CD0Q6AEwBTgy#v=onepage&q=inaj%C3%A1%20martins%20de%20almeida&f=false

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sábado, 16 de junho de 2012

ADAGIO - Tomaso Albinoni

A letra me fala do encontro, mas também do desencontro.
E a música, num compasso ritmado, continuado, ininterrupto, toca o mais profundo do meu ser.
Passo a passo. Num compasso ritmado, lento, continuado. É o adágio que me cala alma. 
Poderia ser a minha própria história a melancolia que o autor nos transmite? 
Poderia ser a paz que o encontro lhe traz? 
Um... Dois... Três...
O bater do compasso ritmado me leva ao som do vento.
Posso então sentir o silêncio num cicio suave e doce.
Retorno o questionar: 
- seria esta a minha própria história adágio? 
Quem sabe a sua história se misture com a minha. Com a tua. Com a nossa.
Mas, quando for o tempo certo... Eu sei... Poderei fechar os olhos.
Saber um pasto verdejante... o caminho.
Uma música. Um piano. Uma alma que vibra, que descansa ao som de um adágio... 

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Lara Fabian  - versão em inglês


Eu não sei onde encontrar você
Eu não sei como procurar você
Eu ouço sua voz no vento
Eu sinto você sobre minha pele
Dentro do meu coração e da minha alma
Eu espero por você

Adágio

Todas essas noites sem você
Todos os meus sonhos envolvem você
Eu vejo e toco seu rosto
Eu caio nos seus braços
Quando for o tempo certo eu sei
Você estará em meus braços.

Adágio

Eu fecho meus olhos e acho um caminho
Não precisa rezar por mim
Eu sei que tudo o que restará
É um piano que toca.

Se você sabe onde me encontrar
Se você sabe como me procurar
Antes que as luzes se apaguem
Antes que eu perca minha fé

Seja o único homem a dizer
Que você ouvirá meu coração
Que você me dará sua vida
Que você ficará para sempre.

Não deixe que as luzes se apaguem
Não não não não não não 
Não deixe que eu perca a fé
Seja o único homem a dizer
Que você acredita
Me faça acreditar
Que você não vai embora

Adágio  

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Dua versão simplesmente divinas. Bons sonhos.

sábado, 19 de maio de 2012

O TERCEIRO ATO DA VIDA


por Inajá Martins de Almeida

Manhã fria nesta cidade de São Carlos. Como todas as manhãs, inicio minha rotina. Abro a caixa de mensagens. Verifico as postagens no facebook. Algumas vezes encontro amigos. Pausa para uma boa conversa. Eis que matéria interessante encaminha-me ao vídeo. Logo a mente inquiridora, leva-me às pesquisas. Estas me motivam aos alinhavos.

Ontem, ao conversar com os jovens em sala de aula, falávamos sobre o tempo e como este pode influenciar nosso caminhar. Nossos sonhos. Nossas expectativas. Nossas metas. Milênios percorridos pelo homem sem que grandes transformações se tornassem visíveis no seu viver, no seu fazer.

Entretanto, pouco mais de dois séculos foram suficientes para que nosso conhecimento caminhasse a passos galopantes. Da agricultura, à revolução industrial, à era da tecnologia. Sabe-se lá o que nos aguarda o futuro próximo.

O fazer cedeu lugar ao ser. E o mundo não mais se encontrou o mesmo. Nós não somos mais os mesmos.  O diferencial, contudo, está no que fazemos para minimizar o estresse que todo esse avanço tem causado à humanidade.

Dizia-lhes que jamais me imaginara estar à frente, numa sala de aula. Em minha adolescência abrira mão do curso “Normal”. Incomodava-me o pensar professora. Partira apenas para o “Clássico”.

Todavia, não abri mão dos livros e a opção veio. Bibliotecária. Acostumara-me aos livros. Os mesmos iriam me levar aos conhecimentos técnicos para a carreira profissional. Salas de leituras. Projetos de implantação de bibliotecas. Jamais as salas de aula. Entretanto, abro parêntesis, para confessar ser gratificante este momento.

Enquanto notícias alarmantes. Professores que abdicam à profissão, convidada sou a participar de ousado projeto de trabalho e capacitação para jovens adolescentes - RASC. De pronto vibro com a perspectiva de mais um desafio, entre tantos que forjaram minha escalada profissional. Decorridos dois anos escrevo com satisfação inimaginável mais um ato em minha história.

Percebi que adentrei o terceiro ato de minha existência com garra inexplicável. Desejo imenso de fazer. De participar. De contar. De transmitir meus retalhos. Minhas lembranças. Minhas experiências. De registrar em blogs, em artigos, em leituras, em imagens, encontros vários.

Relatar que fascinante se torna a revolução da longevidade. Saber que podemos ter qualidade de vida, quando a ciência nos propicia anos acrescentados a mais. Quando a gama de informação nos leva a criar em nós expectativa para um viver saudável, no corpo, na mente e, principalmente, no espírito.

Não percebo tanto a matemática. Os jovens na faixa etária dos quinze anos. Eu a multiplica-la por quatro. Risadas múltiplas pela observação. Eu a transmitir experiências vividas e vivenciadas. Motivando aos alinhavos dos temas propostos. Eles a compactuarem a juventude e a expectativa pelo futuro que estão a escrever. É a história que está sendo registrada. São as bagagens encontradas nas mochilas.   
 
E os retalhos me encontram. São eles que passam a me escrever dia após dia. Assim fora esta manhã.

Confesso, contudo, que sou resistente, em parte, as inovações tecnológicas. Computador. Internet. Salas de bate-papo. Orkut. Facebook. Todavia, muito tem me valido às pesquisas. A criação de meus blogs – cada qual com sua abrangência. Não saberia mais ver meus dias passarem sem aquela visita diária. Alguma postagem. Assim, comentara ser o tempo abreviado quando nossas atividades se multiplicam.

Nesta manhã, é a postagem no Facebook, efetuada por Heitor Augusto que me chama ao tema que tanto me fascina e envolve - longevidade. 


Uma atriz – Jane Fonda. Há muito acompanho seu trabalho. Mulher linda. Talentosa. Família de artistas. Escritora. Palestrante. Motivadora. A mim pode me levar a novas pesquisas. Às linhas.

Ela que, aos setenta e quatro anos, chama-me atenção especial, quando envolta às metáforas do envelhecimento vale-se da escada para a ascensão do “espírito humano”, leva-me a questionar a escalada de minha existência.  Gostei imensamente do que ouvi. Do que li.

Há poucos dias presenciei o desenlace de meu pai aos noventa e quatro anos. Embora seu corpo mostrasse a fragilidade dos anos, sua mente mantinha-se intacta.   Pude então abstrair de que na atualidade o tempo que nos propicia o terceiro ato da existência pode ser melhor do que os vividos em quantidade maior de números.

Com certeza não terei outros sessenta e dois anos para desfrutar nesta terra. Porém, posso imaginar que poderei ter qualidade melhor se aproveitar os anos que a mim forem dispensados. Vibro com essa perspectiva.

Transmito aos jovens essa experiência. A eles um vasto horizonte aberto. Os anos multiplicados em número. A mim números somados a qualidade que venha agregar aos anos restantes. Fantástica matemática.

Como então viver nossos últimos anos com sucesso?

E de Jane Fonda, posso compactuar as palavras: - valendo-nos da escada para nossa ascensão espiritual. Reavaliando nossa existência. Servindo como exemplo do viver bem para gerações vindouras. Sentindo a idade como potencial não como patologia.

Magnífica manhã. Inspiradora mensagem. Encontros motivadores. Alinhavos profícuos entretecem nosso existir.

veja mais:




*Jane Fonda: o novo livro, Prime Time: Love, Health, Sex, Fitness, fala sobre o que ela chama de terceiro ato de sua vida. Jane admite no texto que ainda se preocupa com a aparência e que sua idade a obrigou a diminuir o ritmo da rotina de exercícios físicos. A atriz foi uma das pioneiras nos vídeos que ensinavam e estimulavam as mulheres a malharem, mas depois admitiu recorrer a cirurgias plásticas. 
A filha do lendário ator, Henry Fonda, Jane nasceu e cresceu na cidade de Nova Iorque. Depois de ter estudado arte no Vassar College, voltou-se para a moda e o estudo da arte de representar. Depois do primeiro êxito no filme “Até os Fortes Vacilam” (Tall Story), em 1960, a sua carreira seguiu o rumo do sucesso. 
Nome completo: Jane Seymour Fonda, atriz e escritora. Sua história tem final feliz: na terceira idade, Jane venceu a batalha contra um câncer no seio, voltou ao cristianismo, continua a escrever livros e a promovê-los na mídia. Reaproximou-se dos filhos e tornou-se avó amorosa.

Aos 75 anos de idade observou: "Ainda vivemos sob o antigo modelo, no qual a idade é vista como uma patologia, uma doença”. .. leia toda a matéria em  

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Dra. Rita Levi-Montalcini - professora, cientista, exemplo de determinação, longevidade. Aos 100 anos demonstra a jovialidade dos 20 anos, demonstrando que o cérebro pode se manter ativo enquanto o corpo enruga. 

segunda-feira, 14 de maio de 2012

NELSON MARTINS DE ALMEIDA: quase um século de história


"Há pessoas que partem. Apenas partem. Há pessoas que partem e se vão. Mas há pessoas que se vão e não partem".  Inajá Martins de Almeida



Já com idade avançada, nos seus noventa e quatro anos, vejo meu pai. Quieto, absorto nas leituras, sempre concentrado em seus pensamentos.
.
Ora lê. Ora escreve. Pouco fala. A audição e os passos lentos, lhe dão sinais da longevidade, mas a mente, mostra lucidez aguçada, que o tempo não corrompe.
.
Leitor perspicaz, a memória não o condena. O passado, no presente, está sempre a colocar na pauta do dia. Nem ao menos uma vista além de um ponto lhe passa despercebida. 


Os livros - paixão sempre presente. Interessado pela leitura e pelo transmitir o gosto e o saber de sua importância, tem no interesse da nova geração o galardão maior. Ademais

São poucos os que se sentam para ouvir histórias.
São poucos os que se dedicam a contar histórias.
Por serem poucos, são raros e necessários. 

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